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Antiga Igreja Nossa Senhora de Fátima, em fotografia do início dos anos 1960, onde pode se notar materiais de construção das obras do templo atual. |
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Igreja de Fátima no início dos anos 1960, vendo ao lado o antigo e frondoso cajueiro. |
Corria o ano de 1952 e Frei Epifânio da Abadia, aquele mesmo que nomeia o estádio municipal, solicita à Prefeitura uma área no final da Rua Godofredo Viana, na época pontuada por pequenos casebres que se avolumavam nas cercanias da área que futuramente seria a Avenida Getúlio Vargas, para a construção de uma capela e de um espaço que seria a futura pracinha. Sendo atendido em sua nobre solicitação, e com a ajuda de habitantes da pequena Imperatriz, que doaram materiais de construção, tais como palhas para cobertura e madeiras (caibros e forquilhas), usadas na construção do pequeno templo. É, a primeira edificação no local foi feita de palhas, ao lado do velho e frondoso cajueiro que aparece em uma das imagens acima.
Em 15 de agosto de 1953, Frei Epifânio lidera a procissão de inauguração e entronização da imagem de Nossa Senhora de Fátima, saindo da Igreja de Santa Teresa após celebração da santa missa, em direção ao pequeno templo coberto de palhas, evento este que é tido como marco de fundação da Comunidade de Nossa Senhora de Fátima.
Com o crescimento da comunidade, Frei Epifânio com recursos vindos da Itália e, ajuda da população católica local, realizou seu sonho de construir o pequeno templo com tijolos e telhas, produzidos nas olarias localizadas nas proximidades, onde hoje é a atual Avenida Beira Rio. Construída a igreja de tijolos, no alto da torre havia um campanário (sinos), que alertava a todos o horário das missas.
No dia 15 de agosto de 1964, foi colocado a pedra fundamental onde seria erigida a atual Igreja Nossa Senhora de Fátima, hoje Catedral Nossa Senhora de Fátima, evento que contou com a presença de Dom Cesário Alexandre Minalli, primeiro Bispo da Diocese de Carolina
A nova igreja, retratada em dois momentos acima, tinha sua frente para a Rua BR-14, atual Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, e fundos para a Avenida Getúlio Vargas.
Uma curiosidade, este pequeno templo resiste ao tempo e está de pé até os dias de hoje, e abriga em seu interior o Museu de Arte Sacra de Imperatriz, anteriormente funcionava no local a Livraria de Fátima.
Fotos: Arquivo Nacional, colaboração do jornalista e historiador Antônio Carlos Santiago Freitas.