Primeira Igreja de Santa Teresa D'Ávila em Imperatriz MA. Em 1870.

Raras imagens da primeira edificação religiosa da cidade de Imperatriz Maranhão, que foi a Igreja de Santa Teresa D'Ávila, construída onde hoje se encontra localizado o Hospital da UNIMED, pelo vigário paroquial Frei Domingos Elias da Costa Moraes.  Importante destacar que em frente a esta capela, estava localizado o Largo da Matriz,  hoje a atual Praça Dr. Regis, antiga Praça da Metereologia, atual Marco Zero da cidade.


Antiga Igreja de Santa Teresa D'Àvila, onde atualmente se encontra o Hospital da UNIMED.


Altar da antiga Igreja de Santa Teresa, localizada onde hoje se encontra o Hospital da Unimed. Nesta histórica fotografia, provavelmente efetuada no início dos anos 1930, pois a igreja atual foi inaugurada em 1937, estão presentes dois frades capuchinhos, sendo  Frei Francesco de Chiaravalle o que está sentado, e mais dois anônimos cidadãos.




Interior da antiga Igreja de Santa Teresa no final dos anos 1920.
   


COMISSÃO ENCARREGADA DA CONSTRUÇÃO
DA IGREJA MATRIZ DE IMPERATRIZ

Ofício de 22 de janeiro de 1870.

A Comissão da direção das obras da Igreja de Santa Thereza da Vila da Imperatriz, tendo presente o ofício de V. Exa de dois de novembro do ano [passado], exigindo informação circunstanciada das mesmas obras e aplicação da quantia recebida, responde a V. Exa: que, pelo que apresentou o Reverendo Vigário desta freguesia, primeiro membro da dita comissão, aplicou-se da quantia recebida quinhentos e setenta e dois mil réis em diversos objetos de alfaias e ornamentos comprados nessa Capital de grande necessidade para a mesma Igreja, de cujos recibos está ciente a mesma Comissão, e quais estes objetos e alfaias V. Exa verá da Cópia junta. Quanto, porém, o restante da quantia de um conto de réis recebido querem a ser quatrocentos e vinte e oito mil réis aplicou a comissão em material e mão de obra de pedreiro para a conclusão da Capela-Mor e Sacristia da Matriz desta Vila, cuja relação minuciosa dos materiais, empreiteiros e serventes, V. Exa verá da nota junta. Por todo o mês de fevereiro, espera a Comissão, sem falta, estar a Capela-Mor e Sacristia concluída da forma que expõe. No final de tudo, ou antes depois da obra concluída, a Comissão levará ao conhecimento dessa Presidência em um relatório circunstanciado e documentado todo o emprego feito da quantidade recebida de sorte que fique a Presidência satisfeita e a Comissão gozando de bom conceito.

Vila da Imperatriz, 22 de janeiro de 1870.
Ao Excelentíssimo Sr.
Braz Florentino Henrique de Souza
Digníssimo Presidente do Maranhão

Assinam a carta:

Vigário Domingos Elias da Costa Moraes
Pedro A. Pin. de Lima
Jovino Herênio Alves Pereira


COMISSÃO ENCARREGADA DA CONSTRUÇÃO
DA IGREJA MATRIZ DE IMPERATRIZ

Ofício de 22 de janeiro de 1870.

A Comissão da direção das obras da Igreja de Santa Thereza da Vila da Imperatriz, tendo presente o ofício de V. Exa de dois de novembro do ano [passado], exigindo informação circunstanciada das mesmas obras e aplicação da quantia recebida, responde a V. Exa: que, pelo que apresentou o Reverendo Vigário desta freguesia, primeiro membro da dita comissão, aplicou-se da quantia recebida quinhentos e setenta e dois mil réis em diversos objetos de alfaias e ornamentos comprados nessa Capital de grande necessidade para a mesma Igreja, de cujos recibos está ciente a mesma Comissão, e quais estes objetos e alfaias V. Exa verá da Cópia junta.
Quanto, porém, o restante da quantia de um conto de réis recebido querem a ser quatrocentos e vinte e oito mil réis aplicou a comissão em material e mão de obra de pedreiro para a conclusão da Capela-Mor e Sacristia da Matriz desta Vila, cuja relação minuciosa dos materiais, empreiteiros e serventes, V. Exa verá da nota junta.
Por todo o mês de fevereiro, espera a Comissão, sem falta, estar a Capela-Mor e Sacristia concluída da forma que expõe. No final de tudo, ou antes depois da obra concluída, a Comissão levará ao conhecimento dessa Presidência em um relatório circunstanciado e documentado todo o emprego feito da quantidade recebida de sorte que fique a Presidência satisfeita e a Comissão gozando de bom conceito.

Vila da Imperatriz, 22 de janeiro de 1870.
Ao Excelentíssimo Sr.
Braz Florentino Henrique de Souza
Digníssimo Presidente do Maranhão

Assinam a carta:

Vigário Domingos Elias da Costa Moraes
PedroA. Pin. de Lima
Jovino Herênio Alves Pereira



ANEXO – NOTAS DAS ALFAIAS E MAIS OBEJTOS
NECESSÁRIOS PARA O USO DA IGREJA MATRIZ

* Anexado ao Ofício de 22 de janeiro de 1870

Notas das alfaias e mais objetos necessários para o uso da Igreja Matriz que o Reverendo Vigário, 1o membro da Comissão nomeada pela Presidência, comprou nessa Capital em o mês de abril do ano passado e de cujos objetos está inteirada a comissão e dos seus competentes recibos.

1 Casula de damasco branco com manípulo
1 Estola branca com franjas [palavra ilegível]
1 Fita Roxa simples
1 Véu de ombros [umeral]
1 Frontal
1 Âmbula
1 Sacrário
1 Turíbulo com naveta e colher
1 Caldeirinha com hysope
1 Umbela
1 [palavra ilegível] pintada
1 Mesa celeste
2 [Palavra ilegível – escreveu-se lanternas ou patenas]
6 Capas de lã encapada
6 Castiçais de zinco pintado
6 Arandelas para luzes
1 Véu de seda branca para cálice
1 Pedra d’Ara
1 Par de Galheta com prato
1 Lampião pequeno
Importam os objetos em despesa com dois caixões para condução dos mesmos e transporte

572$000
20$000
TOTAL: 592$000

Recibo do Sr. Francisco Pinheiro de Lima, de quatro milheiros de adoubos que fez a pedido da Comissão em data (de data) de quatro de dezembro de 1869, na importância de 13$000 cada um milheiro – TOTAL: 52$000
Recibo de Antônio Barboza Herenio, oleiro de mil e quinhentos tijolos que fez a pedido da Comissão em data de dez de outubro de 186, na importância de 25$000 cada milheiro – TOTAL: 37$500 Nota dada pelo empreiteiro da Obra da Capela-Mor e da Sacristia da Matriz, Francisco Pinheiro de Lima, contratado com a Comissão de concluir a dita Capela-Mor e Sacristia em suas paredes, arco da mesma, aterro do Altar-mor, feitura do presbitério, ladrilhos de Capela-Mor e Sacristia, reboque das mesmas, empreitado tudo na quantia de trezentos mil réis, conforme a relação seguinte, gastando dois meses com a dita obra. 
Empreiteiro em dois meses ganha 120$000
1 Oficial em dois meses ganha 80$000
2 Serventes em dois meses ganham 50$000
Comedorias 50$000
TOTAL 300$000

Fica em poderes da Comissão a quantia de dezoito mil e quinhentos réis que a Comissão empregará em outra necessidade da Igreja Matriz.

Villa da Imperatriz, 22 de janeiro de 1870.

Vigário Domingos Elias da Costa Moraes
Pedro A. Pim. de Lima
Jovino Herênio



Dimensões da Velha Igreja Matriz de Santa Teresa 

80 palmos de comprimento
34 palmos de largura
50 palmos de comprimento - corpo da igreja
30 palmos de comprimento - capela mor
16 palmos a sacristia

Coberta por telhas e toda feita de adobos, com alicerce de pedra e cal.

Igreja (convertendo em metros)
18,288m decomprimento
7,774m de largura
11,43m de comprimento do corpo da igreja
6,858m capela mor
3,657m sacristia

Estes são textos integrais dos livros de tombo da Igreja Matriz de Santa Teresa D'Ávila, que foram digitalizados pelo jornalista e pesquisador Antônio Carlos Santiago Freitas. Foram feitas mínimas alterações, no sentido de dar mais fluidez ao texto (acrescentando vírgulas, pontos e corrigindo a grafia de algumas palavras). No entanto, as informações estão exatamente como nos documentos originais.


Os jornalistas da imprensa imperatrizense, Gilmário Café e Wilson Allysson.

Um aperto de mão registrado para a história. Gilmário e Wilson.  Gilmário Café (in memoriam) , foi um jornalista, articulista político e fun...